domingo, 10 de julho de 2016

#SOSEducacao:

Saber e Poder!
"A cultura está acima da diferença 
da condição social...!"

Confúcio

Conceitualmente é fácil definir cultura: é uma espécie de dimensão do processo social e utilizá-la como um instrumento para compreender as sociedades. O que nao podemos fazer é discutir sobre cultura ignorando as relações de poder dentro de uma sociedade ou sociedades...
Atentem para o detalhe: o estudo da cultura nao se reduz a isso, mas esta é uma realidade que sempre se impõe. Assim é porque as próprias precupações com cultura nasceram associadas às relações de poder. E tambem, porque, como dimensão do processo social a cultura registra as tendências e conflitos da historia e suas tansformaçõeos poiticas e sociais.
Lembrem-se que elas se consolidaram junto com o processo de formação de nações modernas dominadas por uma classe social; junto ainda com uma marcada expansão de mercados das principais potências européias, acompanhando o desenvolvimento industrial do século dezenove. De outra forma consolidaram-se integrando a nova ciência do mundo contemporrâneo, que rompia com o domínimo da interpretação religiosa, transformando a sociedade e a vida em esferas que poderiam ser sistematicamente estudadas para que se pudessse agir sobre elas
Como assim... Poderá indagar você?
As preocupações com a cultura surgiram associadas tanto ao progresso da sociedade e do conhecimetno quanto as novas formas de denominação. Notem que o conhecimento não é só o conteúdo básico das concepções de cultura; as próprias preocupações com cultura são intrumentos de conhecimento, respondeu a necessidades e conhecimento da sociedade, as quais se desenvolveram claramente associadas com relações de poder.
Em nossos dias o centro do poder da sociedade se preocupam com a cultura (nao generalize por favor), procuram definí-la, entendê-la, controlá-la, agir sobre seu desenvolvimento. Há instituições publicas encarregadas disso: (Infelizmente e atualmente o Brasil nao se configura como exemplo para esta questao) aqui falamos de cultura como forma genérica em um mundo educado e culto.
Deste mesma forma cultura pode ser uma esfera de atuação economica (não confundir com Leis Ruanets da vida), com empresas voltadas para ela. As preocupaçoes com a cultura são institucionalizadas em paises de primeiro mundo, fazendo parte da própria organização social. Expresssam seus conflitos e interesses, e nelas os intereses dominantes da sociedade manifestam sua força.
É uma característica dos movimentos sociais atuais a exigência de que esse setor da vida social seja expandido e democratizado. Aqui entra o exemplo do Canadá que expande seu conhecimento à outros países permitindo, com simplicidade, a entrada de estudantes para absorver conhecimentos alí existentes. Aqui, por favor, novamente, não confundir com os movimentos sociais atuais do Brasil. Eles são, exatamente, contra-culturais.
Seria importante, se no caso do Brasil, se considerasse as mazela culturais de um povo, como o nosso, o analfabetismo, o controle do conhecimento e seus benefícios por uma pequena parte da sociedade, a pobreza do serviço publico de educação e da formação intelectual da nova geração.
Aqui entra uma espécie de #SOSEducaao:
Como se pode ver as preocupações com a cultura mantém sua proximidade com as relações de poder. Continuam associadas com as formas de dominação da sociedade, e continuam sendo instrumentos de conhecimento ligados ao progresso social.
Porém nao é supresa constatar que o modo de conduzir a discussão sobre a cultura possa ser entendido pela associação que tenha com essas relações de poder. Nesse sentido podemos constatar como interesses dominantes da sociedade podem ser beneficiados por tratamentos equivocados da cultura.
No Brasil como financiamentos pela lei Ruanet para simples shows de artistas e não para projetos que envolvam o público todo como participante e não como assistente, simplesmente.
Pode se ver como o relativismo pode servir para encobrir aspectos mais candentes da organização social e da relação entre povos, nações , pois se encararmos o que ocorre na dimensão culural como relativo a cada cultura ou a cada pequeno contexto cultural, entao não haverá como emitirmos juizos de valor sobre o que ocorre na história: tambem a opressão, tambem o sofrimento das populações oprimidas serão vistos como relativos.
A cultura pode ser tratada como uma realidade estanque, de caracteristicas acabadas, capaz de explicar a vida da sociedade e o comportamento de seus membros; se a cultura não mudassse não haveria o que fazer senão aceitar como naturais as suas caracteristicas, e estariam justificadas asssim as suas relações de poder. Pode agora pensar, com o acima, sobre cultura pode conduzir a falsas polarizações, como no caso da oposição ao erudito e popular, ou a uma ideia de onipotência os interesses dominantes, como pode ser o caso com a maneira e encarar a industria cultural ou as instituições publicas diretamente ligadas à cultura. Tambem os aspectos na história comum de um povo podem ser selecionados e valorizados, como ocorre em discusssões sobre a cultura nacional, de modo a ressaltar interesses estabelecidos.
É importante insistir no entanto em que o equívoco está na maneira de tratar a cultura, e nem sempre nos temas e preocupações que essas maneiras revelam. Assim, podemos reter da comparação entre culturas e realidades culturais diversas a compreeensão de que suas caracteristicas nao são absolutas, nao respondem a exigências naturais, mas sim que sao histórias e sujeitas a transformações com a cultura popular podem ser resgatadas se evitarmos a polarização com o erudito e resaltarmos as relações entre classes sociais, e que os meios de comunicação de massa e as instituições públicas de cultura são elementos importantes da cultura contemporânea (nao colocar o caso Brasilês neste quesito).
Quanto cultura nacional, não há por que dexar que dela se apropriem as forças conservadoras ou liberais, em demasia, da sociedade. Ou ainda, principalmente, que dela comandem quem nada entenda da realidade cultura de um povo continental e suas regionalidades como nosso amado Brasil.
O grande escritor Albert Camus deixou escrito sobre isso:
"Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro".
Falar que faz cultura é fácil... Introduzir aculturamento em um povo é outra questão e requer uma dáviva de solidariedade com os outros, com o povo como um todo. Dedicação incondicional.
Pensar não dói... Já fazer cultura não é para qualquer um... Nem governinhos!



Entendimentos & Compreensões
Leituras & Pensamentos da Madrugada
Fontes:
Antropologia Estrutural II,
Raça e História de Claude Levi-Strauss
Editora Tempo Brasileiro, de Peter Frey, Zahar Editora.
Para Inglês Ver - Ensaios da cultura brasileira.
Publicado originalmente no Grupo Kasal - Konvenios -Vitória - ES.
http://www.konvenios.com.br/info/verArtigo.aspx?a-id=27946#.V4LIObgrK00
Arquivos da Sala e Protheus
www.epensarnaodoi.blogspot.com.br

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