quinta-feira, 28 de julho de 2016


#SerieEntendimentos:

Amor Além da Carne!

“Aonde está você agora, 
além daqui dentro de mim?
No silêncio da noite: 
um sonho, 
desejo imenso
de rever alguém que se foi... 
Sonho real, 
faz surpresa pra mim...!”

Da obra Séculos de Luz, Amor e Vida
De Jandira Ferreira Jandamel

A única relação que torna pleno o viver é a não delimitada nos prazeres carnais. Reféns dos hormônios e dos sentidos são os que praticam o sexo só pelo sexo, o sexo só pelo prazer sexual. Naturalmente, o sexo consequente do amor passa pelos hormônios, pelos sentidos, mas através do amor as pessoas estão unidas no que há de mais nobre, intenso e verdadeiro nelas. Sexo é trocar sensações, sexo é emoção, amor é razão na qual não apenas partilha as sensações, a emoção, mas também compreende e vivencia tudo na mais profunda essência do ser humano. O amor é a mais profunda e pura essência do ser humano.
Se a única motivação ao se relacionar é o prazer carnal, a vida perde o significado. O corpo está sujeito ao tempo, aquilo que vive só no corpo é breve, é passageiro. Que as pessoas ultrapassem as fronteiras da carne, do físico relacionando-se umas com as outras, pois os sentimentos mais profundos que ligam as pessoas, o que se define por amor é a ponte para a verdadeira felicidade.

Com a ressalva de exceções, nos casos em que pode cruzar o caminho de alguém especial, alguém com a intenção de um relacionamento sério, a pessoa não vai encontrar algo diferente do que busca. Se busca sexo, é sexo que vai encontrar. Busque por amor e vai encontrá-lo, e no momento em que o encontra, descobre a razão do seu viver.
Em um compromisso, que a proposta de ambos seja uma só, quando não, que, pelo bem, para o bem, sejam moldadas e moldem umas às outras ao melhor de si mesmas adequando-se à relação. O relacionamento ideal é regido pela harmonia.
É sempre válido perguntar a si mesmo:
Estou sendo aquele que gostaria de ter em mim se estivesse no lugar da pessoa comigo?

Junto do amor, a fidelidade é base de um relacionamento. A reciprocidade é o caminho para o relacionamento feliz e duradouro. Seja aquilo que, na melhor das hipóteses, espera da pessoa contigo, não haverá arrependimentos de sua parte (se ela não corresponder terá sido por imaturidade), e que não haja sofrimento também, porque boas pessoas não merecem sofrer, muito pelo contrário, merecem ser felizes e, tendo consciência disso, que não se entreguem ao sofrimento, mas permitam-se amar de novo. Após a escuridão de uma noite, vêm sempre a luz de um dia. Há sempre uma nova oportunidade, e é certo que encontram o amor e com ele a felicidade todos aqueles que se permitem, todos aqueles que buscam.
Os que vivem pelos prazeres carnais ainda estão perdidos nesse mundo, enquanto os que buscam o amor (o amor que constrói um relacionamento) prosseguem pelo verdadeiro caminho da vida. Independentemente do que vivemos anteriormente, que uma experiência ruim não crie traumas, não os deixe fechados, mas torne-nos resistentes, imunes quanto ao sofrimento. Que estejamos sempre dispostos a amar. Que escolhamos cultivar o tipo de amor certo, o amor além da carne, o amor além dos prazeres carnais, pois este é aquele que fornece o fruto da verdadeira felicidade, não aquela apenas momentânea, mas aquela para toda a vida.



Entendimentos & Compreensões:
Arthur Cordeiro
São José dos Campos – SP - 
Estudante de Teologia
E compositor nas horas vagas (como gosta de dizer)
Face book: www.facebook.com/oarthurcordeiro
Twitter: @oarthurcordeiro
Arquivos da Sala de Protheus
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Todas as obras publicadas na Sala de Protheus
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O Editor!

segunda-feira, 25 de julho de 2016

#Solidariedade:
Anjos Terrenos!

"... Quando uma criatura humana 

desperta para um grande sonho e sobre 

ele lança toda a força de sua alma, 
todo o universo 
conspira a seu favor...!"

Johann Goethe


Como você está?
Sim a pergunta é simples e remete exclusivamente a você! Enquanto ser que aqui está entre nós.... Com todos os problemas que todos nós temos. Como você está enfrentando neste turbilhão dito "moderno" e que alguns teimam em chamar de vida?
Seu emocional, seu equilíbrio.... Tudo está em harmonia com o que você deseja e sonha?
Por favor, não se preocupe com tantos questionamentos. 
É apenas uma forma para você respirar profundamente, lhe tirar do "lugar comum" em que se encontra todos os dias e que você possa pensar um pouco em você, a partir de você mesmo.
Calma, isto não é o egoísmo do hipócrita e medíocre "politicamente correto". É apenas pensar em você como um ser único, forte, estruturado, para enfrentar tudo o que está a sua frente ou esteja enfrentando neste exato momento.


Explico:
Participo de alguns grupos de ajuda - não confundir com a autoajuda barata dos "encantadores de serpente" -. São grupos que se doam, completamente para ouvir os outros e tentar lhes indicar formas de, por eles mesmos acharem caminhos para resolverem o que consideram "problemas" em suas vidas.
Não se preocupe. Não somos mágicos. Temos profissionais de todas ás áreas terapêuticas com conhecimento profundo, experiências múltiplas, e o fazem por amor incondicional
Apenas sabemos que há um "nome" do outro lado. Eles nos contam suas angústias e, cada um em sua área, lhe indica receitinhas para que, eles façam, eles descubram como resolverem e fazerem a partir deles mesmos e não do que é dito.
Os resultados têm sido tão fantásticos. Que em três grupos são mais de 1500 pessoas participando no Brasil inteiro, via on line.
Tudo é feito com o coração, com uma espiritualidade superior, com amor incondicional, nada exigindo em troca.... Que agradeçam somente a quem eles acreditam - cada um em sua crença - e nunca nós.... Pois somos meros instrumentos de luz.... Simples faíscas que servem para acenderem suas luzes e com isso ascenderem em suas vidas.


Estamos competindo com psicólogos e terapeutas profissionais que cobram?
Não pois muitos deles estão conosco... E nada cobram! E doam-se significativamente.
Cada grupo tem regras rígidas e específicas para que nunca ninguém vá além do que é permitido. Tudo é feito com respeito, com humanidade, com muita solidariedade.
Do outro lado, vem seres, como nós.... Exatamente iguais..., mas de todas as idades e gêneros, classes e cores.... Todos carentes de humanidade.... De amor.... De enlaçamento que abracem seus corações doídos... 
Suas mentes cheias de toxicidade colocada por toda esta comunidade, dita mundial e rapidíssima do mundo virtual que os seres não têm mais afagos, carinhos, não tem mais quem os escute... Querem partilhar suas dores, seus sofrimentos, suas angustias, seus maltrato... Sim muita gente maltratada física e emocionalmente por outros seres que se dizem "seres humanos" e ainda por cima, dizem "amar".
Oh, estranha e bizarra forma de amar.... Eis um tipo de amor que não existe.... De cafajestes, de seres embrutecidos, sem alma e coração apenas o físico.... Nunca entenderam ao metafórico.


Mostramos como é fácil fazer exercícios que nos livram do medo, de angustias pequenas, de atitudes que foram de nossos pais e nao nossas (exceto valores familiares).
A desapegar da raiva... Da tristeza... Da inveja... Da culpa... Da tensão.... Do mundo conturbado que não é nosso.... É um todo.... Não nosso! Estamos nele. Não precisamos ser como ele.
Ensinamos a relaxar e meditar... A partir do próprio ser. Nada de magia... De fórmulas milagrosas... Não... Apenas o que está dento do ser e ele não utiliza.
Mas como este grupo trabalha?
Com regras rígidas e um trabalho incansável de 24 horas.
O grupo foi formado para esclarecer, debater, divulgar e sem precedentes ajudar na evolução e crescimento, através de cura de doenças e mudança de situações por anjos e arcanjos, h´oponopono, (tecnica hawaiana) Reiki e Espiritualidade, bênçãos do Universo para nos curar de todos nossos problemas: Saúde; Prosperidade; Psicológico e emocional; 
Espiritual; Auxiliando na divulgação de locais, eventos, atendimento e projetos sociais.
Sem preconceitos ou distinção de crenças, sendo universalistas, acreditamos na verdade, não importa o caminho, se tem amor ao próximo, você está no nosso grupo e será auxiliado por terapeutas e instrutores. 
Dizemos assim para quem nos procura:


Como aprendizes, nada sabemos, educação e respeito serão bases dos debates.
Esse grupo é de estudos e confirmações das terapias, dentro do Amor Divino e o bem-estar de todos. Teremos testemunhos do uso e cura. 
Expressamente proibido qualquer tipo de corrente.
Quem está no grupo?
Terapeutas holísticos, seres de espiritualidade elevada, reikianos,Meditação transcedental (como eu), cromoterapeutas.
Eis o que os seres estão tentando fazer por outros seres.
Para que estes tornem-se quem nunca foram.... Para fazerem o que nunca fizeram! 
Nós sabemos o que queremos de nós mesmos.... Apenas ensinamos aos outros... 
Ser é difícil.... Ajudar os outros é mais difícil ainda... 
Mas pensar não dói.... Não desistimos e não esperamos nada em troca! 
Só ver a alegria do outro ser... 
Um destes grupos chama-se: 
Cura-te!




Entendimentos & Compreensões

Baseado em grupos de terapia e ajuda on line

Publicado originalmente no Grupo Kasal – 

Konvenios – Vitória – ES.

http://www.konvenios.com.br/info/verArtigo.aspx?a-id=28001#.V5acYrgrK00 
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sexta-feira, 22 de julho de 2016

#ContosDaVidaReal:

Armando!


"... Te peço perdão pelo meu erro, 
sei que perdi sua confiança e talvez 
seu amor. Mas irei te reconquistar e 
nada mais vai nos separar...!"

Autor desconhecido!

Éramos trinta pessoas a participar de um seleto grupo de estudos, dentre elas, Armando que se destacou por seu comportamento, histórias, um tanto quanto relevantes, a começar pelo significado do nome.
Bem, o nome parece dizer tudo. E, em se tratando do Armando, nem sempre o ar lhe era tão lindo. Cultivou a bondade, a solicitude, companheirismo, fidelidade, coragem. Considerava-se um homem de firmes atitudes! Sempre nos punha a par de sua vida pessoal, muitas vezes cômica, devido à peculiar narrativa. Até mesmo quando falava de seu amor, sua doce Flor, a conotação não deixava de nos fazer conter uma enorme vontade de retrucar e rir muito. Coisas de amor são sérias e ele não conseguia se declarar. 
Quando chegava a casa, eu ria até sozinha, de tanto assunto interessante que Armando tinha a reportar. Ora cheio de melodramas, ora racional, ou cheio de melindres. 
Armando é um substantivo masculino e sinônimo de alimento em forma de mingau que se destina a dar apetite e força aos cavalos debilitados (Eu desanimaria logo com o substantivo)! Nome de origem Teutônico, significando Homem do Exército. Dentre outros, conquistam facilmente a todos e costumam ser o centro das atenções. 

De porte simples, meio que dobrado ao meio devido ao encurvamento dorsal, sem beleza expressiva, estatura nada avantajada, Armando parecia mais uma pessoa extremamente frágil, carente de toda sorte de amor, atenção e cuidados.
Ao contrário de sua aparência, Armando passou mesmo a ser o centro de nossas atenções conquistando a todos com a sua sinceridade, o que fez jus ao nome. Em minha casa todos o conhecia por meio de meus relatos. Ele sempre tinha novidades, mesmo quando gemia de dor, devido aquele tumor não maligno em sua coluna (como ele dizia), que o fazia emborcar seu corpo, com um notável esforço nestas horas.
Extremamente compadecido com os problemas alheios, eis que encontra um jovem que conheceu desde criança e sem abrigo. Jamais Armando o deixaria ao relento. E foi assim que começou mais uma faceta de sua vida.
Problemático em relação a uma paixão, o jovem entrou em depressão circunstancial. Não conseguindo reciprocidade de seus sentimentos, ou seja, levou um baita fora, resolve tomar toda a medicação de Armando, achando que assim, conseguiria dormir e dormir, esquecer e esquecer. O resultado foi bem diferente. Ficou com aqueles olhos esbugalhados, andando pela casa afora, dia e noite sem parar. 


Armando percebeu que seu hóspede havia mexido em suas coisas, usado toda a sua medicação, vindo a ralhar com o mesmo. Como resposta, Arlindo teve um surto psicótico de ‘bravura’, quebrando os utensílios da casa. Por pouco não seriam também quebrados os ossos de Armando, que conseguiu sair vivo e pedir socorro, ficando Arlindo em coma. Armando, por longo tempo, usou seus óculos escuros bem grandes, com o objetivo de esconder os olhos arroxeados pelos tantos hematomas. 
Armando chegou cabisbaixo, decepcionado, com nada de lindo no ar e nos colocou a par de detalhes, o que muito nos comoveu devido à sua expressão facial. O amigo lhe pediu perdão, arrependeu dizendo que jamais poderia ter feito isto... Dramática situação, mas Armando tinha novidades.
Sua vizinha, diante do ocorrido indicou um suposto médico médium. Ligou marcando uma consulta e já relatando a vida de Armando, seus problemas (só mais tarde soube desses pormenores) e marcou o atendimento no Centro da cidade. Armando nos relatou que, ao adentrar o consultório, de cabeça baixa, disse o médico: - “E este tumor ai na sua coluna? E aquela sua tia que não lhe dá sossego?”. 


Maravilhado com a revelação de seu estado de saúde, por meio do sobrenatural, ali recebeu as devidas instruções. Deveria ir servir à dita tia adoentada e ficaria livre de seu tenebroso passado, do período da Idade Média, recebendo a tão ansiada cura. 
Despediu-se de todos nós, esmiuçando todos os detalhes e decisões, deixando o endereço do médico a duas colegas do grupo e manifestando a saudade que sentiria do grupo. Sabia que não seria fácil cumprir a missão a que lhe foi proposta, mas iria, porque também seria curado por meio de tão grande obra. 
Lá se foi o nosso amigo para a casa da tia Dita, ajudar a cuidar de seu estado achacado, mancando daqui e dali. Sempre gentil, solícito com a tia, Armando cumpria então a sua missão. 
Piorando, Armando volta para a sua casa ao perceber que a sua tia, a Dita, a dona Benedita armava mais do que qualquer outra pessoa que conhecera nesta vida. E, numa tarde, novamente nos encontrou no pátio, um tanto quanto amargurado. 


Não podíamos deixar nosso amigo sozinho neste difícil momento. Cada um lhe ofereceu seus préstimos, solidariedade, palavras animadoras e até que se revelasse a mulher que tanto amava, fazendo com que ele voltasse feliz para a sua casa. 
Assim, partiu para a sua casa deixando um sorriso afável, agradecido, um olhar brilhante, a certeza de ânimo, de coragem. Desanimar jamais! Ia se declarar à sua Flor. 
Ele nunca voltou para nos contar sobre a sua Flor, mesmo sendo Armando, um homem de decisões!


Entendimentos & Compreensões de:

Marilene Marques é mineira da Vila de Assaraí, 
Município de Pocrane. MG. 
Contabilista Aposentada, ex-professora. Também trabalhou na Cia. Aços Especiais de Itabira ACESITA, atual APERAM.
Apaixonada e trabalhando com o voluntariado social. 
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terça-feira, 19 de julho de 2016

#SerieCidadania:

Quanto Custam os Políticos?

“Uma coisa é certa, com a adoção do VOTO DISTRITAL

o dispêndio com Partidos e Representantes será 

absurdamente menor e nos “tempos bicudos” 
de hoje o dinheiro passa a ser fundamental. 
Lembre-se sempre, que o que diferencia o 
grau de Democracia de um país é o grau de 
respeito ao dinheiro do contribuinte”.



O Autor


Todo o santo dia, dia sim outro também, ouvimos sobre o quanto o Brasil é perdulário em relação ao custeio do Parlamento. É o Fundo Partidário, que anualmente já atinge quase R$ 1 bilhão, o salário dos representantes e suas “verbas imorais” de gabinete sustentando a parentada e mordomias, além é claro das muito mal explicadas “emendas parlamentares” exclusivamente para sustentar os políticos, porque infelizmente todo esse dinheiro não é gasto para sustentar a “boa política”.
E o que seria a boa política? A boa política seria aquela em que ao representante fosse garantida a mesma renda mínima, que usufruía antes de se tornar um vereador, um deputado, um senador, ou um prefeito, governador ou presidente para o sustento familiar. Além disso, que lhe fosse garantido, que todas as despesas decorrentes da representação não viessem a onerar sua renda líquida, “tal qualmente”, como diria Odorico Parraguassu, dos tempos em que era um mero “cidadão contribuinte”.

Como sabemos, fruto do Voto Proporcional, a “base eleitoral” de um deputado, seja estadual ou federal é o território de todo um estado. Assim, precisará manter “cabos eleitorais” e assessores parlamentares por toda essa base, o que influencia diretamente a quantidade de assessores, além dos custos de deslocamento não só dos assessores, como também do representante. Talvez por isso Brasília se esvazia toda a quinta feira e só volta a se encher de parlamentares às terças feiras. Resultado trabalham pouco nossos representantes parlamentares.

Pela mesma razão os gastos de campanha para cobrir todo esse território vão consumir um volume de recursos igual ao dos concorrentes aos cargos majoritários. Afinal, é preciso “ciscar” no terreiro todo para que nenhum “votinho” escape.

Também por isso, talvez o candidato só visite em uma carreata à 60 km por hora algumas cidades onde o “ciscado” pode render mais e assim aqueles lugarejos, que habitualmente já são os mais desassistidos continuam sem “visita” antes da eleição e sem assistência depois das eleições, porque o “boca a boca” para cabalar votos e o “porta voz local” depois das eleições é responsabilidade dos “donos do gado” periférico. A cara e o resto do candidato você não vai ver.

No mais, você vai ficar sabendo das propostas e compromissos do candidato no Programa Eleitoral Gratuito, que esqueci de incluir nos custos lá do primeiro parágrafo, no qual você vai ouvir o candidato em “off”, enquanto aparece sua fotinha dizer: Meu nome é Enéas ... A propósito, você sabe onde ele mora?
É por essas e por outras, que sou a favor do Voto Distrital.
Se você quer saber mais a respeito, leia o livro.
VOTO DISTRITAL – ESSE ME REPRESENTA.
Pense nisso, cidadão !!!
Boa leitura.



Entendimentos & Compreensões
De Antônio Figueiredo
Escritor paulista. Autor da obra 

Recém lançada: Voto Distrital - Este Me Representa.
Editora Garcia Edizione - 2016 - SP
#PEDIDOS http://tonifigo1945.com
www.facebook/tonifigo1945
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sábado, 16 de julho de 2016

#SerieHumanidades:


Violência Doméstica 

Contra Homens!

"...A violência não é força, mas fraqueza, 
nem nunca poderá ser criadora de coisa 
alguma, apenas destruidora...!"



Benedetto Croce

A violência doméstica praticada contra homens é um assunto pouco abordado, sejam em relações heteroafetivas como homoafetivas. Contudo, é uma violência real, mesmo que invisibilizada pelos números avassaladores da violência contra mulher.

É uma violência difícil de ser identificada, porque, a maioria dos homens sentem vergonha de admitir que são vítimas dela, a semelhança de muitas mulheres os homens tendem a esconder ou disfarçar a situação com desculpas, acidentes ou minorando os fatos.


Apesar de não ser a mais recorrente, a violência física ocorre contra os homens, assim como a violência patrimonial, negligencia e o assassinato. Contudo a violência psicológica é a mais frequente a que os homens são submetidos por parceiras ou parceiros.
Assim como mulheres, homens podem ser abusados emocionalmente em seus relacionamentos, através de condutas controladoras, insultos, depreciação, chantagens emocionais.
A regra do abusador emocional é minar a autoestima do parceiro para tê-lo sob seu domínio, buscando isola-lo e torna-lo dependente de sua pessoa. A violência, assim como com mulheres começam de formas muito sutis, entre o casal, podendo ser confundida com “explosão momentânea”, “mulher geniosa”, “problemas emocionais, “ciúmes” ou como “problemas normais entre o casal”.


Entretanto ela vai aumentando até tornar-se publica com a ridicularização do parceiro diante de terceiros, “cenas humilhantes”, retaliações diante dos amigos e família, e o famoso jogo da tortura: rejeição e esperança de uma suposta volta!
Assim, como ocorre com as mulheres a identificação da violência psicológica é muito difícil, principalmente quando a vítima já absorveu em si mesmo a manipulação e a depreciação do companheiro ou companheira, quebrando sua autoestima.


A violência psicológica tem uma ampla gama de formas de manifestasse: manipulação do sentimento do parceiro para atingir objetivos pessoais, depreciação das atitudes, aparência, vestimenta, jeito de ser do parceiro, possessividade, conduta controladora, diminuição do “ser homem” (papel social de homem na sociedade), insultando-o como fracassado, atitudes de desprezo, desrespeito ao parceiro como pessoa humana, não reconhecimento do seu trabalho, diminuição do seu trabalho, atitudes retaliativas baseadas em “ciúmes”, tentativa de isolamento do parceiro de amigos e familiares, criação de uma relação de dependência do parceiro, manipulação patrimonial, rejeição e tensão de uma reconciliação e finalmente fazer o parceiro pensar que “ela ou ele é a única pessoa que o ama e o aceita do jeito que ele é”, e que por fim estar com “ela ou ele” é sua salvação.


Homens atingidos por violência doméstica, principalmente psicológica geram as mesmas doenças físicas e emocionais que as mulheres, principalmente depressão e baixa autoestima. Além da vergonha, ser um impedimento para busca de ajuda e rompimento com a relação abusiva.



Entendimentos& Compreensões de 

Candida Maria Ferreira da Silva 
Assistente Social, Teóloga, Especialista em 
Infância e Violência Domestica pela USP.
- Rio de Janeiro – RJ -
Publicada originalmente em 
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=587804268072907HYPERLINK 
blogcontosrecontos.blogspot.com.br 
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quarta-feira, 13 de julho de 2016

#Sentimentos:

A Paixão e o Amor!
"... O Amor? Como falar dele? 
Sem eliminá-lo dizer o que é? 
Se só existe quando me escapa, 
como retê-lo numa ou noutra definição?".

by Betty Milan 

Vive-se do encontro senão da sua busca. De tudo isso a Mitologia Grega ja tratou e muito bem.
A beleza de Narciso era esplendorosa, tão grande que segundo o profeta Tirésias, só viveria se não se a visse. Belissimo e amado por todos mas completamente indiferente à ninfa Eco, que como toda mulher desprezada, acaba morrendo de tristeza.
Narciso deve ser punido. A divina Nêmesis o induz a saciar a sede nas águas de um lindo e lago de águas espelhadas. É ali completamente louco pela beleza que vê em sí mesmo...Fica esquecido de comer e beber... Somente se admirando... Cria raizes e se transforma em uma flor. Completamente insensivel ao outro se consome na adoração de sí próprio.
Nao fosse o amor a vida nao vingaria, nós, entretanto o ignoramos a ponto de menosprezá-lo.
Desta forma não se torna ridicula a confissão pública de uma grande paixão?
Quem autorizou aos homens, quando entre eles, falar de algum amor que nao o físico? Apresentam-se como um ser a quem o outro fala? Em nenhum lugar do mundo. Somente na Mitologia.
Quantos seres sofrendo desta paixão ou deste "amor" agindo desta forma?
A grande maioria.. Poderia dizer você!
Sim! Seria a resposta mais adequada.
Quanto as mulheres, verdade que falam de amor como se fossem as proprietárias de tal poder e dele tudo conhecessem. Será que por agirem assim, não foi o motivo de serem tão "colocadas à margem" e como seres inferiores?
Depreciado, ridicularizado o amor é o grande banido. Valorizado só o sexo, aque a tal de modernidade "nos entregou" para neutralizar a tal de "paixão".
Só sexo, eis a forma de interditar o amor e fazer de nós puritanos em seus contrários.
Se a paixão é um tipo de amor e se torna indiferenciado, até certo ponto, cria-se aqui o enigma e nunca será entendido? Nao creio nesta opção, nos dias atuais com tanta informação sobre as emoções humanas.
Sei que se torna dificil saber por que alguem quer tanto e a tal ponto disso dependendo e por que ele ama ou é amado.
Ainda que consiga individualizar algo de especial, de encantamento, de cativante, no seu rosto, no corpo, na postura, no seu modo de sorrir ou falar, nenhum estes elementos é suficiente para explicar a razao do amor, que foge de uma forma ou outra.
Se assim for, então sou "tomado" e nao "escolho". E tudo se tranforma em uma ação inconsciente?
Esta bem. Sei que ele pode se impor a minha própria vontade, colocar-me, imediatamente, na posição do "objeto" - como diria Nietzsche - a ser amado e não no amor em si.
Mas se assumir posso me tornar-me sujeito desta ação.
Corneille - escritor francês do século dezessete - deixou dito: (...) que ama e é amado mas recusa esta amarra, declara odiar o amor e quer submeter a paixão a razao.
Aqui fica a tênue linha do... Eu te amo! Eu te odeio...
Afinal odiar em vez de amar é o que mais existe de normal... Esta tênue linha que parece separar os contrários que derivam da mesma fonte.
Se for assim vou chegar a conclusão que o ódio é irmão mais próximo do amor? É isso?
Creio meio melodramático e rotineiro para roteiros novelescos bem "mexicanos" (se diz novelas mexicanas por serem cheias de dramas baratos que não tem mais fim).
Desta forma não haveria outra maneira de analisar isto tudo:
Quer dizer que se a condição do outro é a mesma do meu ser... Se para existir depende-se do amor do outro? E se nao tiver, nao serei mais eu mesmo, e necesssito odiar, como forma de equilibrio de sentimentos?
Viram com a razão jamais vai entender as emoções humanas? Principalmente as que se dizem derivar do amor... Da paixão... Exatamente por elas nao serem racionais.
Nao estou aqui, afirmando, que se deva amar racionalmente... Porém se de outra forma é sofrimento já comprovado pela história da humanidade... O que me custa tentar? Quem disse que nao posso amar pela razão? Quem disse que um relacionamento não pode ser sério, maduro, único sem as soberbas egoistas da tal "paixão"... E quem sem esta nao existe amor?
Creio que fomos submissos a ideias e ideais de amor sempre "colocadas" dentro de nós por outros.. E que no fundo não pensamos, conosco mesmo, do que realmente precisamos... Do que queremos... Pois o amor já nasce conosco... Desde a amamentação já somos, literalmente, "treinados" para amarmos e sermos amados. Por que fazemos o contrário? Por mediocridade e alimentação de uma hipocrisia social?
Sim. Afirmo. Precisamos, a grande maioria mostrar primeiro aos outros, e se sobrar algo... Será para nós. Triste pensamento de quem é dependente em tudo. Ate na forma de pensar.
Nietzsche meu pensador preferido deixou registrado em sua obra, A Gaia Ciência, sobre o amor ou posse?
Disse ele:
O nosso «amor pelo próximo» não será o desejo imperioso de uma nova propriedade? E não sucede o mesmo com o nosso amor pela ciência, pela verdade? E, mais geralmente, com todos os desejos de novidade? Cansamo-nos pouco a pouco do antigo, do que possuímos com certeza, temos ainda necessidade de estender as mãos; mesmo a mais bela paisagem, quando vivemos diante dela mais de três meses, deixa de nos poder agradar, qualquer margem distante nos atrai mais: geralmente uma posse reduz-se com o uso. O prazer que tiramos a nós próprios procura manter-se, transformando sempre qualquer nova coisa em nós próprios; é precisamente a isso que se chama possuir." 
Cansar-se de uma posse é cansar-se de si próprio. (Pode-se também sofrer com o excesso; à necessidade de deitar fora, pode assim atribuir-se o nome lisonjeiro de «amor). Quando vemos sofrer uma pessoa aproveitamos de bom grado essa ocasião que se oferece de nos apoderarmos dela; é o que faz o homem caridoso, o indivíduo complacente; chama também «amor» a este desejo de uma nova posse que despertou na sua alma e tem prazer nisso como diante do apelo de uma nova conquista. Mas é o amor de sexo para sexo que se revela mais nitidamente como um desejo de posse: aquele que ama quer ser possuidor exclusivo da pessoa que deseja, quer ter um poder absoluto tanto sobre a sua alma como sobre o seu corpo, quer ser amado unicamente, instalar-se e reinar na outra alma como o mais alto e o mais desejável. 
Creiam-me o amor é sublime e cruel, ao mesmo tempo. O que estranho é que tenham feito dele uma espécie de "cordeirinho" do bom pastor.
Eis o que somos e do que somos feito. Nao dependemos do outro. Podemos precisar do outro para amar aquilo que nos "derrama" do coração, incondicionalmente... 
Se não aprendermos isso... Sofreremos sempre em nome do tal amor, disfarçado, incólume de "paixão"... Grande mentira da humanidade para ela mesma.
Pensar não dói... Já amar e nao sofrer depende do que você mesmo quer para você...
Simples assim... O resto foram ideias jogadas na sua cabeça e que você acreditou.



Entendimentos & Compreensões
Leituras & Pensamentos da Madrugada
Fontes:
A Gaia Ciência - Nietzsche
Mitologia Grega - A Fábula de Narciso.
Vários autores.
E nos pensamentos de Betty Milan 
Publicado Originalmente no Grupo Kasal - Konvenios - Vitória - ES.
http://www.konvenios.com.br/info/verArtigo.aspx?a-id=27948
Arquivos da Sala de Protheus
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domingo, 10 de julho de 2016

#SOSEducacao:

Saber e Poder!
"A cultura está acima da diferença 
da condição social...!"

Confúcio

Conceitualmente é fácil definir cultura: é uma espécie de dimensão do processo social e utilizá-la como um instrumento para compreender as sociedades. O que nao podemos fazer é discutir sobre cultura ignorando as relações de poder dentro de uma sociedade ou sociedades...
Atentem para o detalhe: o estudo da cultura nao se reduz a isso, mas esta é uma realidade que sempre se impõe. Assim é porque as próprias precupações com cultura nasceram associadas às relações de poder. E tambem, porque, como dimensão do processo social a cultura registra as tendências e conflitos da historia e suas tansformaçõeos poiticas e sociais.
Lembrem-se que elas se consolidaram junto com o processo de formação de nações modernas dominadas por uma classe social; junto ainda com uma marcada expansão de mercados das principais potências européias, acompanhando o desenvolvimento industrial do século dezenove. De outra forma consolidaram-se integrando a nova ciência do mundo contemporrâneo, que rompia com o domínimo da interpretação religiosa, transformando a sociedade e a vida em esferas que poderiam ser sistematicamente estudadas para que se pudessse agir sobre elas
Como assim... Poderá indagar você?
As preocupações com a cultura surgiram associadas tanto ao progresso da sociedade e do conhecimetno quanto as novas formas de denominação. Notem que o conhecimento não é só o conteúdo básico das concepções de cultura; as próprias preocupações com cultura são intrumentos de conhecimento, respondeu a necessidades e conhecimento da sociedade, as quais se desenvolveram claramente associadas com relações de poder.
Em nossos dias o centro do poder da sociedade se preocupam com a cultura (nao generalize por favor), procuram definí-la, entendê-la, controlá-la, agir sobre seu desenvolvimento. Há instituições publicas encarregadas disso: (Infelizmente e atualmente o Brasil nao se configura como exemplo para esta questao) aqui falamos de cultura como forma genérica em um mundo educado e culto.
Deste mesma forma cultura pode ser uma esfera de atuação economica (não confundir com Leis Ruanets da vida), com empresas voltadas para ela. As preocupaçoes com a cultura são institucionalizadas em paises de primeiro mundo, fazendo parte da própria organização social. Expresssam seus conflitos e interesses, e nelas os intereses dominantes da sociedade manifestam sua força.
É uma característica dos movimentos sociais atuais a exigência de que esse setor da vida social seja expandido e democratizado. Aqui entra o exemplo do Canadá que expande seu conhecimento à outros países permitindo, com simplicidade, a entrada de estudantes para absorver conhecimentos alí existentes. Aqui, por favor, novamente, não confundir com os movimentos sociais atuais do Brasil. Eles são, exatamente, contra-culturais.
Seria importante, se no caso do Brasil, se considerasse as mazela culturais de um povo, como o nosso, o analfabetismo, o controle do conhecimento e seus benefícios por uma pequena parte da sociedade, a pobreza do serviço publico de educação e da formação intelectual da nova geração.
Aqui entra uma espécie de #SOSEducaao:
Como se pode ver as preocupações com a cultura mantém sua proximidade com as relações de poder. Continuam associadas com as formas de dominação da sociedade, e continuam sendo instrumentos de conhecimento ligados ao progresso social.
Porém nao é supresa constatar que o modo de conduzir a discussão sobre a cultura possa ser entendido pela associação que tenha com essas relações de poder. Nesse sentido podemos constatar como interesses dominantes da sociedade podem ser beneficiados por tratamentos equivocados da cultura.
No Brasil como financiamentos pela lei Ruanet para simples shows de artistas e não para projetos que envolvam o público todo como participante e não como assistente, simplesmente.
Pode se ver como o relativismo pode servir para encobrir aspectos mais candentes da organização social e da relação entre povos, nações , pois se encararmos o que ocorre na dimensão culural como relativo a cada cultura ou a cada pequeno contexto cultural, entao não haverá como emitirmos juizos de valor sobre o que ocorre na história: tambem a opressão, tambem o sofrimento das populações oprimidas serão vistos como relativos.
A cultura pode ser tratada como uma realidade estanque, de caracteristicas acabadas, capaz de explicar a vida da sociedade e o comportamento de seus membros; se a cultura não mudassse não haveria o que fazer senão aceitar como naturais as suas caracteristicas, e estariam justificadas asssim as suas relações de poder. Pode agora pensar, com o acima, sobre cultura pode conduzir a falsas polarizações, como no caso da oposição ao erudito e popular, ou a uma ideia de onipotência os interesses dominantes, como pode ser o caso com a maneira e encarar a industria cultural ou as instituições publicas diretamente ligadas à cultura. Tambem os aspectos na história comum de um povo podem ser selecionados e valorizados, como ocorre em discusssões sobre a cultura nacional, de modo a ressaltar interesses estabelecidos.
É importante insistir no entanto em que o equívoco está na maneira de tratar a cultura, e nem sempre nos temas e preocupações que essas maneiras revelam. Assim, podemos reter da comparação entre culturas e realidades culturais diversas a compreeensão de que suas caracteristicas nao são absolutas, nao respondem a exigências naturais, mas sim que sao histórias e sujeitas a transformações com a cultura popular podem ser resgatadas se evitarmos a polarização com o erudito e resaltarmos as relações entre classes sociais, e que os meios de comunicação de massa e as instituições públicas de cultura são elementos importantes da cultura contemporânea (nao colocar o caso Brasilês neste quesito).
Quanto cultura nacional, não há por que dexar que dela se apropriem as forças conservadoras ou liberais, em demasia, da sociedade. Ou ainda, principalmente, que dela comandem quem nada entenda da realidade cultura de um povo continental e suas regionalidades como nosso amado Brasil.
O grande escritor Albert Camus deixou escrito sobre isso:
"Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro".
Falar que faz cultura é fácil... Introduzir aculturamento em um povo é outra questão e requer uma dáviva de solidariedade com os outros, com o povo como um todo. Dedicação incondicional.
Pensar não dói... Já fazer cultura não é para qualquer um... Nem governinhos!



Entendimentos & Compreensões
Leituras & Pensamentos da Madrugada
Fontes:
Antropologia Estrutural II,
Raça e História de Claude Levi-Strauss
Editora Tempo Brasileiro, de Peter Frey, Zahar Editora.
Para Inglês Ver - Ensaios da cultura brasileira.
Publicado originalmente no Grupo Kasal - Konvenios -Vitória - ES.
http://www.konvenios.com.br/info/verArtigo.aspx?a-id=27946#.V4LIObgrK00
Arquivos da Sala e Protheus
www.epensarnaodoi.blogspot.com.br

quinta-feira, 7 de julho de 2016

#DosSentimentos:

“Perdão & Gratidão! ”
“.... Devemos perdoar a nós mesmos. 

Não haverá condição de perdão para o outro, 
senão limpar o caminho que está dentro 
de você. Quando você perdoa o outro e não 
perdoa a si pelos erros cometidos, esses se 
transformam em culpa e o caminho continua 
fechado para todas as pessoas envolvidas, 
principalmente para você...! ”


Rubem Alves
                 

A grande maioria de nossa geração (hoje 2 gerações atrás – na casa dos cinquentões) aprendeu que devemos perdoar tudo e todos. De qualquer maneira e por tudo. Claro que esta educação passada de pai para filho, veio de uma inserção de subliminariedade da educação Cristã, presentíssima em todas as escolas até os anos 70. E geralmente perdão significava submissão. Demoramos para entender. A vida teve que nos mostrar exatamente qual era o conceito, significado e suas significâncias em vários momentos. E fomos aprendendo a, definitivamente, nos libertar. 
Sim, perdoar é uma autoliberdade conquistada quando compreendida profundamente.
Perdão origina-se de nossa língua mãe o Latim – perdonare, de per-. “total, completo”, mais donare, “dar, entregar, doar.
Se você pensou, por um momento em algo como “perda da razão” enganou-se completamente.
A paulista e paulistana Marisa Cruz sempre afirma que (...) Piedade se doa sempre... Perdão tem que merecer...! ”. 
Ela tem razão.


                       Quando nos acontece algo ou estamos em meio a acontecimentos em que, de certa forma, somos vítimas de algo, é contumaz que o outro diga: Perdoe-me... No sentido de pedir desculpas. Isto é uma coisa. É outra forma de manutenção de nossos, digamos, diálogos civilizados. Já o ato de perdoar incide, geralmente, em atos e fatos muito mais graves. Facílimo dizer “da boca para fora”: Eu te perdoo...! ”

Mentira. Lá no fundo. Em nosso intimo mais profundo, guardamos. Não perdoamos nada. E isso, cedo ou tarde acaba por psicossomatizar. 

                            Psicossoma, originariamente, exprime o conceito aristotélico de (matéria= corpo, forma = alma) que é o homem. Ou seja, tudo o que nossa mente guarde tem um limite. Chegada uma hora a mente precisa liberar “espaço”, do que não serve mais e, como não tem saída joga para o corpo. Desta forma acontece o aparecimento de doenças.

                              Sabe-se, pela ciência, hoje, que 76% dos cânceres tanto uterinos quanto mamários, nas mulheres, obviamente, são de origem nervosa. Ou seja, de psicossomatização.
                          Esta “da boca para fora” ação de perdoar, acaba gerando grandes problemas para o indivíduo que não aprendeu ou não sabe o ato de perdoar como algo divinizado, de evolução do ser, de “passar por cima” de qualquer coisa que, talvez tenha ofendido “seu orgulho”. Nada mais do que isso.

                                Assim o ato de não perdoar gera mais efeitos negativos em quem não perdoou do que em quem não foi perdoado. Geralmente o segundo sujeito afasta-se e acaba esquecendo. O primeiro guarda.

                                O ato de perdoar confunde-se muito com humilhação. Outra palavra de nossa amada língua que nos foi “incutida” e não ensinada como forma de “ficarmos por baixo” e não de simplicidade, de aceitação. Que é a origem etimológica da palavra. Assim temos uma dificuldade enorme em perdoar.

                                    A escritora Joan Borysenko deixou dito: “.... Se não nos perdoamos por nossos erros, e aos outros pelos sofrimentos que nos infligiram, terminamos debilitados pela culpa. A alma não consegue crescer sob um cobertor de culpa, porque a culpa é isoladora, enquanto o crescimento é um processo gradual de reconexão com nós mesmos, com outras pessoas, e com um todo maior...! ”.
E disso tudo deriva a auto gratidão. A gratidão em si mesmo. Para nós.

                     A gratidão é o ato de reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe prestou um benefício, um auxílio, um favor...

Em um sentido mais amplo, pode ser explicada também como recognição (reconhecimento do estado de uma pessoa, da qualidade de uma coisa) abrangente pelas situações e dádivas que a vida lhe proporcionou e ainda proporciona.

                     Assim quando descobrimos que perdoamos, literalmente, somos “banhados por uma imensa e gigantesca onda” de paz interior. Este é o resultado mais perfeito de que você perdoou alguém.

Simplesmente ver, ou pensar, no outro como qualquer outro sem nenhum sentimento negativo ou rancoroso.
Creiam: é resultado de longos exercícios de autodescobertas, de cuidados conosco mesmo, de diálogos internos em que todos deveriam ter. Ao menos uma vez por mês, para não ser tão exagerado.
             Aquele momento em que você faz uma espécie de “contabilidade” interna de todos os seus sentimentos. Em relação a você e ao outro.... Ou aos outros.
O presidente estadunidense John F. Kennedy, por algum motivo deixou escrito:
“... O que temos de mais básico em comum é que todos habitamos este planeta, respiramos o mesmo ar, valorizamos o futuro de nossos filhos e somos todos mortais...! ”.
                   A partir deste pensamento que parece simples, mas é de uma profundidade estrondosa, podemos perceber que o “ser igual ao outro”, não é na aparência, nos direitos e deveres, mas sim como habitantes do mesmo planeta e da mesma espécie. De outra forma somos únicos, totalmente diferentes de todos os quase ou mais de 7 bilhões de habitantes do Planeta Terra.

                       Por isso o exercício do perdão é algo como gratidão a si próprio. É agradecer sua evolução, seus entendimentos e suas compreensões, consequentemente, seu discernimento de ser e de mundo a sua volta.

É uma compreensão de vida para a vida. A sua... E a dos outros...

Pensar não dói... Já perdoar e agradecer é um pouco mais difícil. Creiam-me:

Perdoa mais... E agradeça muito!




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Leituras & Pensamentos da Madrugada

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http://www.konvenios.com.br/info/verArtigo.aspx?a-id=27927
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domingo, 3 de julho de 2016


A Cruzada do Voto... Distrital!
“Constituída paralelamente à Cruzada dos Nobres durante os preparativos da Primeira Cruzada (1096-99), a Cruzada dos Mendigos teve uma história desastrosa. Sem planejamento, ordem e liderança adequada, este movimento causou imensos transtornos por onde passou e foi arrasado antes mesmo da chegada da Cruzada dos Nobres aos domínios turcos”.

A desastrosa Cruzada dos Mendigos – Eudes Bezerra

                          Em 1096 Pedro o Eremita inflamado pelo discurso do Papa Urbano II durante o Concílio de Clermont (1095) e em conjunto com o cavaleiro Galtério Sem Haveres partiu em uma “cruzada desesperada” rumo à Terra Santa como a primeira das tentativas de resgate para os cristãos dos locais sagrados do Cristianismo.
                              Pois bem, isso me faz lembrar a atual cruzada popular dos brasileiros pela Reforma Política. Tal qual na “horda” de Pedro o Eremita somos uma sociedade desorganizada e sem um “líder pragmático” a nos conduzir. E isso se deve a uma razão muito simples. Não é do interesse da classe política ser fiel partidariamente, que o país seja organizado em distritos onde essa classe política tenham residência e vida socioeconômica organizada e se submeta a uma Cláusula de Barreira.
                           Uma constatação na composição da Câmara dos Deputados é que a grande maioria é oriunda das Capitais e grandes cidades do interior dos seus estados e por se beneficiarem do “garimpo eleitoral” propiciado pelo Voto Proporcional e pela ligação com as cúpulas partidárias não têm o menor interesse em serem colocados nos “cercadinhos dos distritos”. Evidentemente, preferem a facilidade das campanhas nos grandes centros e “arrebanhar votos pingados” nos “currais eleitorais” das coligações.
                                Nos tempos atuais sob império do voto proporcional, mesmo que um deputado seja eleito com o voto preponderante de uma região ou distrito, caso venha a assumir uma secretária ou autarquia estadual e/ou um cargo público ou ministério federal, seu substituto, face as regras vigentes, poderá ser alguém totalmente alheio e desconhecido do “distrito dono do mandato”.
Entenderam?
                  Tenho ouvido como contra argumentação ao estabelecimento de Distritos, que estes favorecem a criação de “currais eleitorais” e ao “abuso do poder econômico” nas regiões mais afastadas. Só não consigo entender como isto não é visto no atual sistema. O que existe hoje com certeza irá continuar até que a “inclusão social plena” ocorra com Educação, Saúde, Saneamento Básico e conscientização política quanto aos “direitos constitucionais do cidadão”.
Não existe “inclusão social plena” mais expressiva do que dar a “voz do voto” a essas comunidades marginalizadas na representatividade.
                       No meu livro VOTO DISTRITAL – ESTE ME REPRESENTA conto das minhas experiências vivendo nas periferias paulistanas nos anos 60. Agora na vida adulta em minhas andanças profissionais pelos rincões mais distantes do país constato que nada mudou mesmo 50 anos decorridos.
                   A minha Vila Maria e Arthur Alvim daqueles tempos, por força da expansão da Pauliceia Desvairada hoje são bairros de classe média assistidos pelos benefícios da civilização. Já as modernas Vila Maria e Arthur Alvim pela distância dos polos de desenvolvimento estarão condenadas para sempre ao “nada”.
                     Lembro-me de uma palestra em uma Loja Maçônica lá pelos anos 90 do século passado sobre o crime organizado no Rio de Janeiro, em que afirmava, que o que ocorre ali nada mais é que uma “guerra civil” não reconhecida. Mal poderia imaginar que viriam a seguir organizações como MST e MTST. Tanto o crime organizado como esses ditos movimentos sociais aproveitam-se do desamparo social para fazer prevalecer os “seus objetivos”.
              Dizia na época que crescendo esse “movimento revolucionário”, que seria a classe média que pagaria essa conta, pois os bens a serem reclamados seriam os seus, visto que os pertencentes aos poderosos, ainda que ocupados momentaneamente, passada a “revolução” seriam devolvidos ou regiamente indenizados. Já os tomados à classe média estariam definitivamente perdidos.
                    Essa é a razão pela qual somos nós a promover o processo de mudança, pois ainda que por razões egoístas, estaremos nos protegendo e mediante a nossa luta, abrindo os espaços que nossa geração um dia teve, mas que a grande maioria da população estará condenada a usufruí-lo.
                 Um processo de mudança social verdadeiro é como uma mola apoiada firmemente ao solo, (base da pirâmide social), empurrando tudo para cima. No momento atual a “mola brasileira” está firmemente apoiada no “teto”, (classes privilegiadas), empurrando “tudo para baixo”.
Pense nisso, cidadão !!!
Boa leitura.




Entendimentos & Compreensões
De Antonio Figueiredo
Esritor paulista autor da obra 
Recém lançada Voto Distrital - Este Me Representa.
Editora Garcia Edizione - 2016 - SP
#PEDIDOS http://tonifigo1945.com 
Arquivos da Sala de Protheus
ww.epensarnaodoi.blogspot.com.br 


Obs..:
Todas as obras publicadas na Sala de Protheus
São de inteira responsabilidade de seus autores.
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