domingo, 14 de fevereiro de 2016

#PensarNaoDoi:


Humanos ou Porcos?

“...O homem: um milímetro acima do macaco
quando não é um centímetro abaixo do porco...!”
                                                                                         Pio Baroja

  Nos últimos tempos o brasilês deixou impressões muito estranhas como povo. Sendo sua origem, óbvia, no caráter do individuo. Estamos, agora generalizando, visto que a grande maioria age desta forma um tanto quanto céticos, descrente, duvidosos, e dotados de uma incredulidade quase astronômica em si mesma.
E ao não percebemos tudo isso, como se sonâmbulos estivéssemos, continuamos, exatamente assim. Parece que já não sabemos quem somos... Não demostramos nenhuma identidade cultural; politicamente pior ainda... E nos entregamos a um “deus dará”... Completamente destituídos de um orgulho cidadão, de uma essência patriótica.


Não temos memória histórica. Mesmo que a resposta disso seja mais fácil: O brasilês não lê, não estuda... Televisão é tudo o que lhe importa. E acredita em tudo o que vê e ouve na tal de “telinha”. Não se preocupa com a veracidade do que realmente acontece e o que é transmitido. E o pior: Comporta-se desta maneira com todos. Começando pelos familiares, amigos e lá se vai para as “postagens” das tais de “redes sociais”.
Ora, se tem alguma dúvida é muito simples: Consulta o “dr. Google”. Pronto! Lá está a resposta que queria e lá vai o “cidadão” postar. Ele não sabe se é verdade: mas como está lá... Bingo.
Darwin deve estar “se revirando no túmulo”, - usando uma expressão do regionalismo brasilês dita quando ofendemos a ideia ou pensamento de alguém que já morreu -.
Estamos qual uma vara de porcos (vara é coletivo para porcos) – Perdoem-me os que conhecem a língua pátria! Mas creiam-me vocês são poucos.


E até os “suínos estamos ofendendo”. De tão incrédulos que estamos com o que não está acontecendo contra o que realmente está acontecendo. Não é jogo de palavras; é uma realidade dura da inconsequência, da ausência de sentimentos como homem... Nem faço referência a cidadania. Esta está morta ou dormente, em estádio (Sim Estádio: estágio é de estagiar. E doença não estagia...) de latência absoluta.
Tudo isto me lembrou da fábula do porcos espinhos, que circulou muito nos meios de autoajuda que depois virou neurolinguística, que depois virou “coach” e que circulou no inicio dos anos 90 no Brasil.
Conta à fábula, resumidamente, o seguinte:


Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos; assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente.
Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam mais calor.
E, por isso, tornaram a se afastar uns dos outros.
Voltaram a morrer congelados.
E precisavam fazer uma escolha: ou desapareciam da face da Terra ou aceitavam os espinhos do semelhante.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos
.
Aprenderam a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E terminaram sobrevivendo...
Quem sabe o que está nos faltando, neste momento crucial para o Brasil, seja exatamente este sentimento de calor com o outro; esquecer as diferenças entre as pessoas; unirem-se em propósitos que beneficiem a todos. Após esta união poderemos voltar a utilizar a arma da democracia: O voto!
Antes disso lamento afirmar: Não estaremos prontos para substituir o “câncer” que tomou conta do Brasil por um “corpo saudável”. Pois este corpo deriva de cada brasilês... E atualmente eles parecem não existirem... E se existirem ainda está em sono profundo.
Pensar, para o brasilês, ainda dói muito...


                                                                  Entendimentos & Compreensões
                                                       Leituras & Pensamentos da Madrugada
                                                                                        Inspirado na obra:
                                                                                 Mitos Organizacionais.
                                                                                           Ziemer, Robert –
                                                                                   Editora Atlas - 1996-

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